A coluna conta com discos intervertebrais — eles servem como amortecedores de impacto que evitam o contato direto e doloroso entre as vértebras. E a hérnianada mais é do que o resultado do deslocamento de um desses discos.
Quando um deles sai do eixo, comprime nervos da região, provocando dores, perda de sensibilidade ou sensação de formigamento. Geralmente, o transtorno dá as caras na parte inferior das costas — nesse caso, o incômodo irradia para pernas e pés. Outro foco de hérnias é o pescoço. Se ele é atingido, toda a região cervical sofre.
Os sintomas podem começar subitamente e durar pouco tempo ou se manifestarem em longas crises que parecem não acabar nunca. Se não tratada, a hérnia chega a lesionar os nervos atingidos. Resultado: mais reclamações e uma grande dificuldade para contornar o quadro.
Essa chateação está relacionada principalmente ao avançar da idade — com o tempo, os discos vão sendo sobrecarregados até não aguentarem mais —, mas esforços físicos intensos demais e traumas nas costas também colocam a coluna em risco.
Sinais e sintomas
– Dor na lombar e no nervo ciático
– Fraqueza nas pernas
– Dor ao tossir, dar risada e ir ao banheiro
– Formigamento, dor e entorpecimento nas pernas e nos pés
– Dificuldade para urinar e evacuar
– Dor nos braços e mãos (se a hérnia surgir no pescoço)
Fatores de risco
– Traumas e acidentes
– Ter mais de 35 anos
– Ficar muito tempo sentado
– Histórico familiar
– Movimentos repetitivos que exigem o uso dos músculos das costas
Como se prevenir
A melhor estratégia é praticar atividade física. O excesso de horas sentado e a flacidez dos músculos do tronco provocada pelo sedentarismo estão intimamente ligados ao desgaste dos discos da coluna. Fora isso, eles precisam de movimentação frequente para se manterem firmes e lubrificados. Só não pegue pesado demais. Sua espinha vai reclamar se for submetida a sobrecargas muito elevadas ou a gestos mal executados.
Prestar atenção na postura também ajuda a preservar as costas. Há quem recomende exercícios posturais ou mesmo RPG para endireitar a coluna. Mas, antes de partir para táticas assim, vale a pena consultar um profissional.
O diagnóstico
O médico primeiro escuta as queixas do paciente e realiza testes físicos para descobrir os principais focos de dor. Além disso, pode avaliar os reflexos e a sensibilidade nas regiões acometidas pela hérnia de disco.
E não é só isso. O especialista ainda procura por outros sintomas que indiquem um possível agravamento do quadro, como incontinência urinária e fraqueza muscular na região do ânus.
Em cenários específicos, ressonância magnética, tomografia axial computadorizada e outros exames de imagem são empregados para apontar a raiz do problema e o tamanho do estrago.
O tratamento
Em boa parte dos casos, dá para aliviar o incômodo com mudanças de postura e exercícios físicos. Tudo, claro, com orientação profissional — até porque, durante uma crise, é necessário repouso.
Para a dor, costuma-se prescrever anti-inflamatórios não esteroides e analgésicos. Sessões de fisioterapia ajudam bastante. Entretanto, se o quadro não for controlado, o cirurgião entra em cena. Em resumo, ele faz uma pequena incisão e retira a hérnia.
Fonte Saúde Abril