O estado de São Paulo registrou, em 2018, o maior número de acidentes com escorpiões nos últimos 30 anos – um total de 30 707 casos, além de 13 mortes. Mais: dados do Centro de Vigilância Epidemiológica mostram que a curva de notificações mantém-se em ascensão desde 2012. Tanto que, nos primeiros dois meses de 2019, 4 025 episódios já haviam sido contabilizados, com dois óbitos.
Em janeiro, o Ministério da Saúde alertou que o período do verão, de dezembro a março, exige mais cuidado em relação aos acidentes com escorpiões, já que o clima úmido e quente é ideal para o aparecimento desse tipo de inseto, que se abriga em esgotos e entulhos.
De acordo com o governo, os escorpiões que habitam o meio urbano alimentam-se principalmente de baratas e são comuns também em locais próximos a áreas com acúmulo de lixo.
Em áreas externas, as principais dicas são manter jardins e quintais livres de entulho, folhas secas e lixo doméstico. Também é importante colocar todo o lixo da residência em sacos plásticos bem fechados para evitar o aparecimento de baratas. Como dissemos, elas servem de alimento e, portanto, atraem os escorpiões.
Além disso, apare o gramado com frequência. Também não se deve pôr a mão em buracos embaixo de pedras ou em troncos apodrecidos.
É importante usar luvas e botas de raspas de couro durante atividades que representem risco, como manusear entulho e realizar trabalhos de jardinagem.
Nas áreas rurais, o Ministério da Saúde ainda alerta que é essencial preservar os chamados inimigos naturais dos escorpiões. Ou seja, respeite os lagartos, os sapos e as aves de hábitos noturnos, como a coruja.
E atenção: não se recomenda o uso de produtos químicos (pesticidas) para o controle de escorpiões. Além de não terem eficácia comprovada para o controle do animal em ambiente urbano, podem fazer com que estes deixem seus esconderijos, aumentando a chance de acidentes.
O que fazer em caso de acidentes
A orientação é ir imediatamente ao hospital de referência mais próximo. Se possível e se for seguro, leve o inseto ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ser uma medida auxiliar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.
O ministério alerta que nem todo acidente com escorpião exige a aplicação de soro. Os casos leves, que não necessitam desse tratamento, representam cerca de 87% do total. O soro é indicado em quadros moderados ou graves.
Este conteúdo foi publicado originalmente pela Agência Brasil.
Fonte: Abril