Os sintomas da infecção causada pelo zika vírus são febre, dor de cabeça, vermelhidão nos olhos, mal-estar, incômodo nas articulações e manchas vermelhas no corpo que coçam.
Na maioria das vezes, a chateação é considerada leve. Tanto que, em 80% dos casos, esses sinais sequer aparecem. A preocupação é, na verdade, com suas complicações mais raras e graves, como a microcefalia em filhos de mulheres infectadas na gestação e a Síndrome de Guillain-Barré – falaremos sobre isso mais adiante.
“A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e afeta tanto homens como mulheres, em qualquer faixa etária”, informa o infectologista Kléber Giovanni Luz, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Quais são os principais sintomas?
Febre baixa
Dor de cabeça
Vermelhidão nos olhos
Mal-estar
Dor e inchaço nas articulações
Manchas vermelhas que surgem no rosto e se espalham pelo corpo, gerando muita coceira
Como diferenciar o zika da dengue?
Ambos os vírus desencadeiam reações bem parecidas. Porém, a dengue dura mais tempo e não apresenta inchaço nas juntas como um sinal.
E mais: “No zika, a coceira surge no início. Já na outra doença, ela acontece nos últimos dias”, complementa Kléber Luz.
Como diagnosticar?
“Nem sempre os sintomas aparecem. Por isso, a melhor forma de descobrir, além de checar se a pessoa vive numa zona de transmissão, é com um teste”, afirma o infectologista. Ele nada mais é que um exame de sangue.
Agora, não é que todo mundo precisa se submeter a esse método de tempos em tempos. Ele é mais indicado quando os sintomas surgem ou em regiões com número explosivo de casos. Gestantes também merecem considerá-lo após uma conversa com o médico.
Com o tempo, ela pode afetar a movimentação dos pulmões, levando a uma insuficiência respiratória. Nesses casos mais graves, que também culminam em uma paralisia generalizada, a internação é vital.
Com o passar do tempo, o paciente vai recuperando suas funções. Mas esse período varia demais de pessoa para pessoa – um tratamento adequado ajuda a abreviar esse prazo e a minimizar as repercussões graves.
“A partir do diagnóstico dessa ou das outras complicações, o paciente recebe tratamento específico”, completa Luz.
Também não podemos nos esquecer das gestantes. “Se a mulher é picada no primeiro ou segundo trimestre da gravidez, o zika pode atingir o cérebro do bebê”, explica.
Isso acontece porque o micro-organismo consegue atravessar a placenta. Uma vez na massa cinzenta do feto, ele dispara a tão comentada microcefalia – condição na qual o crânio da criança não cresce o suficiente, o que danifica toda a região.
Além dos déficits cognitivos, essas crianças podem apresentar dificuldades para enxergar ou de coordenação motora. Cada uma vai demandar um cuidado individualizado.
Fonte: Abril