Todo ano, cerca de 119 mil bebês nascem com a chamada síndrome alcoólica fetal (SAF), causada pela ingestão de álcool ao longo da gravidez. E mais: de acordo com o mesmo levantamento, publicado no The Lancet Global Health, 10% das gestantes não param de beber durante os nove meses. Resultado: 15 a cada 10 mil pessoas apresentam algum tipo de deficiência – física, mental, cognitiva ou comportamental – devido à condição.
Rússia, Reino Unido, Dinamarca, Bielorrússia e Irlanda são os países com maiores índices de grávidas que abusam dos drinques. Não por acaso, a incidência de SAF na Europa é quase três vezes superior à média mundial. As menores taxas, por sua vez, foram encontradas no Mediterrâneo Oriental e no Sudeste Asiático.
Nem toda futura mamãe que ingere álcool terá um bebê com SAF. A estimativa, na verdade, é de um caso a cada 67 gestações em que a mulher não se manteve abstêmia. No entanto, não há dose ou período considerados seguros. “O melhor é optar pela abstinência”, aconselha Svetlana Popova, cientista do Centro de Adição e Saúde Mental, no Canadá, e responsável pela pesquisa, em um comunicado.