Há mais de 15 anos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelece os procedimentos de avaliação do valor orgânico dos alimentos e há um processo rigoroso de auditoria para que seja comprovado e certificado.
“A certificação para colocar o selo de alimento orgânico é muito criteriosa. Hoje temos vários produtores locais que antes produziam de uma forma convencional e atualmente estão transitando para o orgânico”, explica Simone Rocha, nutricionista Simone Rocha, presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal. “O agricultor orgânico passou por uma análise. Verificaram o solo (que precisa de um descanso, por exemplo), as mudas que ele utiliza, o processo de adubação (a preferência é pela compostagem). São diversos parâmetros que vão indicar se o produto é orgânico, ou seja, produzido de maneira natural”.
O Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg) concede um selo que garante que um alimento oferecido é, de fato, natural e livre de alterações químicas. Para ser considerado orgânico, o processo produtivo deve contemplar o uso responsável do solo, da água, do ar e dos demais recursos naturais, respeitando relações sociais e culturais.
No entanto, existem os produtores que ainda estão em processo de mudança e obtenção da certificação. Então, na hora de ir à feira, vale conversar com o feirante para saber a origem dos alimentos expostos.
“Normalmente eles avisam que estão vendendo produtos sem defensivos agrícolas e que ainda estão caminhando em direção ao certificado, cujo processo demora um pouco. Mas é fácil notar a diferença. Você vê o produto ao lado de outros exemplares maiores e ele vai te explicar que é porque o processo de produção dele é natural, sem agrotóxicos”, ensina a nutricionista.
Segundo Simone Rocha, vale muito a pena procurar lugares específicos na hora de fazer as compras. “Também existem as feiras de orgânicos em diversos locais do Brasil, com produtos certificados. E eles vão ter o prazer de explicar toda a produção e os benefícios de alimentos sem defensivos agrícolas”, finaliza.
Além disso, em geral o alimento orgânico é mais saboroso do que aquele produzido por métodos convencionais. Pelas leis da economia, a procura é o que estimula a oferta – ou seja, quanto maior o número de pessoas que procuram produtos orgânicos, maior será a disposição de produzi-los, o que com o tempo resulta em preço menor e mais qualidade.
Fonte: Saúde Brasil