Definir a ansiedade é um desafio para todas as pessoas, inclusive para os especialistas que trabalham constantemente com casos envolvendo este problema.
Mas, para realizar um estudo sobre as causas, consequências e tratamentos corretos, é necessário, primeiramente, entender este traço comportamental. De acordo com a psicoterapeuta Maura de Albanesi, a ansiedade não estimula as pessoas, pelo contrário, ela sobrecarrega até ao ponto de deixar os indivíduos estressados, resultando em problemas para o corpo.
“Primeiramente, ansiedade é querer viver um futuro no agora. E é claro que é um futuro incerto. As pessoas ficam ansiosas pelo o que vai acontecer e não vivem o momento. A ansiedade também não é algo relacionado à personalidade, na verdade, se trata de um hábito”, destaca a profissional. Diante destes esclarecimentos é possível definir as várias motivações deste problema, suas consequências com relação à saúde e quais os possíveis tratamentos.
Quais as causas da ansiedade?
Conviver com este problema pode estar atrelado a necessidade de controlar tudo na vida ou ao fato de ter medo do que pode acontecer. “Essas pessoas não querem se surpreender com nada, elas têm esse medo da vida, medo de viver, e a vida é uma surpresa diariamente. Para os ansiosos, tudo tem de estar pré-definido. Como nem sempre é possível essa programação, os ansiosos sofrem com a indefinição dos fatos e a impossibilidade de controlar o que pode ocorrer”, explica Albanesi.
Malefícios deste problema
A ansiedade não interfere apenas no psicológico dos ansiosos, ela vai além e pode prejudicar a vida profissional e até a saúde das pessoas. Neste primeiro caso, ocorre que os indivíduos pensam muito no futuro e acabam esquecendo do presente, por isso tornam-se pouco produtivos. “O ansioso foca apenas no que ele quer alcançar no futuro, e então, a pessoa não consegue se organizar com o que precisa ser feito no presente. Tudo isso gera mais ansiedade. Ela vê que o tempo está passando e as coisas não estão acontecendo. Então, o ansioso vive uma agonia, por causa desse cenário”, declara a psicoterapeuta.
Já com relação aos problemas de saúde, estes estão atrelados aos sentimentos sucessores da ansiedade, como o estresse. O ansioso vive sempre cheio de adrenalina e emite um comando/ordem para a mente, numa pressão constante. Em tudo o que faz, essa pessoa acelera ao máximo, o tempo inteiro, sem trégua. Isso gera um estresse, um cansaço, que afeta paulatinamente a energia psíquica”, explica. Por isso o corpo pode sofrer uma elevação da pressão arterial, descompasso cardíaco e ter processos respiratórios comprometidos.
Tratamentos adequados
De acordo com Albanesi, os pacientes que estão com um nível alto de ansiedade devem procurar um psiquiatra e seguir as orientações do profissional, principalmente com relação as medicações. Além disso, é recomendável fazer uma psicoterapia. Contudo, Maura de Albanesi alerta para o uso discriminado das drogas farmacêuticas.
“O remédio tira os sintomas e permite que a pessoa tenha uma vida aparentemente normal, ao aliviar o mal-estar. Com o tempo, a pessoa pode ficar dependente desse medicamento, sem falar que as causas não estarão sendo combatidas. Portanto, o remédio não deve ser considerado como a alternativa de cura para a ansiedade”, esclarece. Sendo assim, a psicoterapeuta recomenda três hábitos que devem ser introduzidos no cotidiano das pessoas, são eles:
- Prestar atenção na respiração: A respiração profunda ajuda as pessoas a se concentrarem nelas mesmas e no presente, por isso vale apena inspirar e expirar bem fundo, até se acalmar;
- Fazer uma lista das atividades do dia: Mesmo que não seja possível cumprir as questões do dia, é importante organizar as prioridades e aceitar que não é viável colocar todas em prática;
- Apostar na meditação: A meditação é uma forma de acalmar o corpo e esvaziar a mente, assim é um processo que ajuda na redução das ondas vibracionais mentais, diminui o estresse e ainda pode atuar contra a depressão.
Fonte: Remédio Caseiro