O Brasil apresentou uma alta de 73% nos casos de hepatite A em 2017 em comparação ao ano anterior. Foram 2.086 casos confirmados da doença, contra 1.206 em 2016. O estado de São Paulo puxou esse crescimento nos números, segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (5), e representou 53% das infecções – foram 1.108, sendo que 701 ocorreram na capital paulista.
Os dados são referentes a 2017, mas a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo começou em maio neste ano uma campanha para combater a hepatite que 80% dos pacientes da doença são homens. Entre os casos de 2018, 36% foram adquiridos por contato íntimo.
Entre janeiro de 2016 e abril de 2017, a capital paulista registrava uma média de cinco novos casos de hepatite A por mês. Em maio do ano passado, o número triplicou e atingiu o pico de 156 notificações em julho de 2017.
A vacina de hepatite A está disponível pelo Sistema Único de Saúde e a recomendação de aplicação é para crianças de um a quatro anos de idade, além de pessoas vivendo com hepatites B, C ou HIV. A novidade, para a capital paulista neste ano, foi a inclusão de gays, trans, travestis e homens que fazem sexo com outros homens.
Apesar do crescimento dos casos do tipo A, o maior número de notificações ainda é de hepatite C, que apresentou 11,9 casos para cada 100 mil habitantes, com 24.460 pessoas infectadas. No total, foram 40.198 registros de hepatites virais (A, B, C e D) em 2017.
Ao longo da história, a hepatite B foi o tipo com maior número de registros no país, com 37,1% das infecções, seguida pela hepatite C, com 34,2%, e da A, com 28%. A hepatite D apresentou poucos casos no Brasil, apenas 0,7% do total.
A distribuição dos casos varia entre as regiões. O Nordeste apresenta a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,6%). No Sudeste está maior concentração do tipo B e C, com 35,2% e 60,9% dos casos registrados.
Fonte: G1