O que o Índice de Massa Corporal (IMC) diz sobre sua saúde

Criado no século 19 pelo matemático Lambert Quételet, o Índice de Massa Corporal, conhecido pela sigla IMC, é um cálculo simples que permite medir se alguém está ou não com o peso ideal. Muitas pessoas buscam descobrir seu IMC quando iniciam uma dieta específica ou uma atividade física. E estão certas, pois ele aponta a normalidade – peso adequado -, a magreza ou a obesidade em diferentes níveis. Mas, com o resultado deste cálculo em mãos, o que fazer? E o que este número final diz sobre a saúde de cada pessoa?

Eliziane Leite, endrocnologista que atua na Secretaria de Saúde do Distrito Federal, ensina que, para fazer o cálculo, basta dividir o peso pela altura ao quadrado. É importante ter as medidas exatas antes do cálculo. Não vale “chutar” ou arriscar um palpite. O número final representa o quanto a pessoa tem de massa muscular + massa de gordura + massa óssea. Com o resultado, o próximo passo é traduzi-lo. Veja a tabela para interpretar:

IMC – Classificação do IMC

Menor que 16 – Magreza grave

16 a menor que 17 – Magreza moderada

17 a menor que 18,5 – Magreza leve

18,5 a menor que 25 – Saudável

25 a menor que 30 – Sobrepeso

30 a menor que 35 – Obesidade Grau I

35 a menor que 40 – Obesidade Grau II (considerada severa)

Maior que 40 – Obesidade Grau III (considerada mórbida)

Avaliando os resultados

Para os adultos jovens e pessoas com até os 65 anos, é recomendado fazer o IMC em casa. “Não é um cálculo difícil e é até bom, porque alerta para uma necessidade de procurar um especialista. Muitas vezes as pessoas se surpreendem, pois não se consideram ou não se enxergam num grau de obesidade. O cálculo é revelador”, diz Eliziane Leite.

Com um profissional de saúde, é possível confirmar o número indicado pelo IMC. Dependendo do resultado, os médicos ou nutricionistas geralmente pedem exames adicionais para avaliar o grau de sobrepeso ou obesidade.

Quando o índice de massa corporal recomendado está excedido, é porque a pessoa pode estar numa situação de sobrepeso com tendência à obesidade ou já ter a obesidade. E esse índice vai graduar de obesidade grau 1, grau 2, grau 3.

Se o índice estiver muito abaixo da normalidade para o homem e para a mulher indica que a pessoa pode estar no estado de desnutrição, de perda expressiva de massa. E assim como a obesidade, também existem graus de magreza.

Casos não recomendados

Ao calcular o IMC, é importantíssimo levar em consideração se a pessoa é um atleta, uma criança ou um idoso. “No caso de uma pessoa que pratica musculação, por exemplo, o IMC pode muitas vezes não ser verdadeiro. O índice não pode ser interpretado do mesmo jeito que de uma pessoa sedentária, que provavelmente tem o índice de gordura muito maior. Então essa é uma crítica que se faz a usar o Índice de Massa Corporal de forma indiscriminada”, esclarece a médica.

Essas pessoas devem ser vistas por um profissional de Nutrição ou por um endrocnologista, que não se baseiam apenas pelo IMC. Para este público, são necessárias classificações específicas.

Eliziane Leite indica que as pessoas façam uma autocrítica da qualidade de alimentação e atividade física. Um IMC dentro da normalidade não é o suficiente para considerar a pessoa 100% saudável. “Às vezes ela tem uma massa corporal normal, mas não está se alimentando adequadamente e é uma pessoa extremamente sedentária. O IMC normal não isenta de qualquer preocupação com a sua qualidade de vida”, destaca.

Para aprender a se alimentar corretamente, acesse o Guia Alimentar para a População Brasileira

Quer dicas de como deixar de ser uma pessoa sedentária? Clique aqui.

Erika Braz, para o Blog da Saúde

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