Não é só sarampo: por que outras doenças erradicadas estão voltando?

Falta de adesão ao calendário de vacinação pode colocar população em risco; entenda

Escrito por Informe Publicitário via Redação Minha Vida

Em 2016, o Brasil comemorou a erradicação do sarampo no território nacional. Recebeu, inclusive, o selo de eliminação da doença pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que informava que o País estava, finalmente, livre de novos casos1. No entanto, pouco tempo depois, casos de sarampo começaram surgir e aumentar em algumas regiões, e surtos passaram a atingir diversos estados, inclusive um dos mais populosos: São Paulo.

Toda a comemoração, então, foi por água abaixo, e muito trabalho se mostrou ainda necessário ser feito para resolver a questão, pois a baixa adesão à vacinação provocou o problema.

Uma breve análise de dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI) mostra que, ao longo de quase uma década, o índice de crianças de até 1 ano vacinadas contra o sarampo caiu 44%, deixando o Brasil em um cenário preocupante2.

Queda semelhante também foi – infelizmente – observada quando se trata da imunização contra outras doenças que, há tempos, não aparecem no Brasil. Mas que, com a negligência da população de seguir o calendário de vacinação corretamente, a sombra dessas enfermidades ameaça chegar mais uma vez ao nosso país3.

É o caso de poliomielite (também conhecida por paralisia infantil), difteria, tétano, coqueluche, entre outras3.

Seja por falta de informação sobre a necessidade de se vacinar dentro do prazo adequado e de tomar os reforços corretamente ou por convicções errôneas – como o desserviço prestado pelo movimento anti vacinação (Antivax) que dissemina fake news a respeito da segurança das vacinas disponíveis, o fato é que estamos, sim, em risco de vermos diversas doenças erradicadas voltarem ao Brasil4.

Por isso, quando há vacinas disponíveis contra diversas doenças, não há razão para não se proteger. A febre amarela, por exemplo, é uma doença grave e é facilmente prevenível por meio da vacinação5.

O mesmo vale para o sarampo. Sim, ele pode ser grave e provocar inclusive danos neurológicos6. No caso da difteria, a criança pode ter complicações respiratórias, cardíacas, neurológicas e até renais7. Evitá-las, porém, é simples. Basta se vacinar.

Seguir o calendário de vacinação é fundamental

A vacinação protege crianças e adultos de diversas doenças graves, por isso é importante sempre seguir o calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde8 e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)9.

Por isso, quando a indicação é de que a criança receba a dose com aquela determinada idade, é fundamental obedecer à regra, pois o atraso na dose pode deixar o bebê ou a criança vulnerável a contrair uma doença.

Diferenças entre calendário público e privado

Em primeiro lugar, é importante esclarecer que as vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são seguras, eficazes e protegem as crianças e adultos contra muitas doenças8. No caso da vacinação privada, a diferença é que há alguns tipos de vacinas produzidas de forma diferente, como com vírus inativados, bem como a disponibilidade de alguns outros imunizantes que não estão presentes no calendário público9.

Além disso, há vacinas que, em uma só aplicação, pode proteger contra diversas doenças, sendo uma opção mais prática para não ter de voltar ao posto de saúde para outras doses.

Por isso, é importante sempre conversar com o pediatra ou médico e mostrar a carteirinha de vacinação, pois ele poderá indicar quais vacinas ainda restam a ser aplicadas e se é indicado receber doses específicas nas clínicas privadas. E, sem dúvida, respeitar o prazo de acordo com o calendário de vacinação.

Fake news adoece: vacinas são seguras, sim!

Muitas vezes com a disseminação de informações falsas a respeito de vacinas, algumas pessoas temem procurar a imunização. Mas é preciso saber que as vacinas são seguras, sim4.

Para que uma vacina possa chegar até a população, há um intenso trabalho científico por trás. Elas são desenvolvidas e testadas primeiramente in vitro e em animais, a chamada fase pré-clínica10.

Depois disso, passa a ser aplicada em um número pequeno de pessoas, com o intuito de observar a segurança da vacina, etapa conhecida como fase 1. Logo depois, inicia-se uma nova etapa, em que ela começa a ser aplicada em uma quantidade maior de pessoas, com o objetivo de identificar se proporcionou proteção contra a doença em questão. É a fase 210.

Os estudos clínicos também contam com a fase 3, em que o objetivo é provar a eficácia da vacina em si. Somente depois de todos esses testes – sendo eles favoráveis – é que a vacina é liberada para que seja aplicada em toda a população10.

Vale lembrar que, mesmo depois do lançamento da vacina, os cientistas ainda continuam o monitoramento para investigar possíveis reações que venham a surgir, atualizando um banco de dados a respeito disso. Ou seja, não há o que temer quando se trata de vacinação10.

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