DOENÇAS DO BEBÊ NO VERÃO: VEJA QUAIS SÃO AS MAIS COMUNS

 

Desidratação

A desidratação é um problema mais comum no verão, pois nesta estação bebês e adultos transpiram mais. Este problema pode ocorrer por diarreia, vômito, suor excessivo e baixa ingestão de líquidos.

Seu bebê dá diversos sinais de que está desidratado. “Uma criança desidratada fica com sede, com a boca e mucosas secas, olhos encovados e fica muito tempo sem urinar, se ele se mostrar desesperado para tomar líquidos e no caso de bebês mais novinhos, se a sua moleira estiver funda. Conhecer esses sintomas é muito importante, diante deles deve-se procurar o médico e já ir dando líquido para a criança”, explica a pediatra Fabíola Peixoto La Torre, do Hospital Leforte.

Para prevenir a desidratação do seu bebê você pode optar por colocar roupas mais leves no pequeno, oferecer o peito com maior frequência e no caso de bebês maiores de seis meses, você pode oferecer também água mais vezes.

Para os bebês maiores de seis meses também é essencial prestar maior atenção nos alimentos. “Não coma alimentos que tenham ficado muito tempo fora do frigorífico, evite a ingestão de saladas cruas em restaurantes públicos, pois corre-se o risco de não serem bem lavadas e de poderem transmitir os agentes infecciosos que nos provocam gastroenterites. Deve também evitar-se comer alimentos expostos ao sol pois contaminam mais facilmente. Higienize os alimentos e os utensílios de cozinha, lave as mãos de quem prepara os alimentos e as mãos do bebê/criança. Refrigeração adequada do que é consumido e a amamentação exclusiva até os seis meses de vida são outras medidas a serem lembradas”, conta Fabíola Peixoto La Torre.

Brotoejas

As brotoejas nos bebês são um problema comum nos dias mais quentes. “É uma erupção de pele caracterizada pelo aparecimento de pequenas bolinhas, que podem ser claras ou avermelhadas. A brotoeja é uma dermatite muito comum, principalmente nas crianças e nos bebês, e é causada pela obstrução dos ductos das glândulas que produzem suor. Portanto, se o bebê suar mais, o que acontece no verão, esta aparecerá mais”, afirma Fabíola Peixoto La Torre.

Este problema pode ocorrer em qualquer idade, mas é bem mais comum nos bebês e nas crianças pequenas, pois eles têm poros menores, e as suas glândulas e ductos ainda são muito imaturos. “Em geral, a brotoeja no bebê costuma surgir a partir da primeira semana de vida. As brotoejas aparecem com mais frequência nas áreas do corpo que mais suam, que são geralmente as dobras e as partes cobertas por roupas. Tronco, pescoço, barriga, embaixo das mamas, nádegas, axilas e virilhas são áreas especialmente susceptíveis. Nos bebês, o rosto é uma área muito comum também”, conta Fabíola Peixoto La Torre.

É possível diminuir a intensidade e frequência das brotoejas evitando roupas muito quentes, apertadas ou com tecidos que dificultam a evaporação do suor. “Roupas feitas de algodão são as melhores. Em dias de muito calor, evite banhos com água muito quente e deixe a criança em locais mais frescos, seja com ventiladores ou com ar condicionado, se possível. Se o bebê está desenvolvendo brotoejas com frequência, ou ele está sendo exposto a demasiado calor ou a sua roupa não está adequada”, afirma Fabíola Peixoto La Torre.

Micose
A micose é uma infecção causada por fungos e a sua principal causa é o excesso de umidade. Ela causa coceira e lesões de dois tipos: manchas esbranquiçadas ou acastanhadas ou manchas vermelhas, descamativas e arredondadas. “Para evitar o aparecimento de micose, bebês e crianças devem ter suas roupas de banho trocadas toda vez que saírem da água. Ou seja, o ideal é a criança, quando fora da água, estar sempre com roupas secas”, observa Fabíola Peixoto La Torre.

O fungo que causa a micose é invisível a olho nu, mas pode estar presente na piscina, na praia, no chão, em objetos de uso comum, na areia, na terra ou na grama. “Além disso, água não tratada devidamente com cloro pode ser um perigo”, diz Fabíola Peixoto La Torre.

Conjuntivite
A conjuntivite se divide em quatro tipos: a viral, que costuma vir associada à gripe, a bacteriana, a alérgica ou a causada por queimadura solar. “Para identificar esta última basta puxar as pálpebras e verificar se há uma linha esbranquiça na área vermelha”, orienta Fabíola Peixoto La Torre.

Em todos os casos, a conjuntivite deixa os olhos inflamados, vermelhos, e às vezes liberando pus. Diante da suspeita de conjuntivite é essencial consultar o pediatra do seu bebê.

Otite
A otite, famosa inflamação no ouvido, é causada por fungo ou bactéria, e no verão, um dos principais motivos para ela ocorrer é a criança passar muito tempo na água, seja no mar, piscina ou lago. “A otite causa um zumbido no ouvido e também dor intensa. O tratamento deve ser indicado por um médico”, conta Fabíola Peixoto La Torre.

Roséola
A roséola é um problema comum na primavera e no verão e atinge crianças de seis e a 36 meses. “Primeiro aparece a febre, que dura em torno de três dias, e depois vem as manchas (que costuma acontecer no segundo dia). Ela é uma doença infectocontagiosa, que passa de criança para criança, e que não possui vacina ainda. Quando identificados os sintomas, um médico deverá ser contatado, mas todas as crianças devem ser tratadas com descanso e muita ingestão de líquidos”, diz Fabíola Peixoto La Torre.

Gastroenterite
A gastroenterite, quadro que leva a diarreia, é um problema mais frequente no verão. “A dica é sempre oferecer água potável (mineral, filtrada ou fervida) e alimentos leves e muito bem lavado (ou de procedência segura, para ter certeza de que foram bem higienizados). Também é importante evitar oferecer alimentos fritos que são vendidos na beira da praia como salgadinhos, camarão e peixe”, destaca Fabíola Peixoto La Torre.

Insolação
A insolação ocorre por excesso de exposição ao sol atrelado à baixa ingestão de líquidos. “Os seus sintomas são mal-estar, dor de cabeça, náuseas e tontura. Para evitá-la, o ideal é só levar para praia e piscina crianças com mais de seis meses, apenas nos horários em que o sol não está tão forte (antes das 10h e após as 16h), usar protetor solar adequado para crianças (e só após elas já terem seis meses) e oferecer líquido em abundância”, observa Fabíola Peixoto La Torre.

Mesmo que a criança use protetor solar e esteja exposta ao sol nos horários adequados, ela não pode ficar o tempo todo exposta a ele. É importante que se faça pausas na brincadeira para que os pequenos descansem à sombra e tomem líquidos.

Impetigo
O impetigo são uns pontos ou pequenas manchas vermelhas na pele que podem apresentar pequenas bolhas com líquido, que desenvolverão uma casca amarela. Ele surge por um desequilíbrio das bactérias que existem naturalmente na pele e podem ser causados por picadas de inseto ou outros pequenos machucados (assaduras fortes, que levam a pequenas fissuras, são grandes causadoras). “Para tratar o problema, é necessária a orientação de um médico, pois envolve o uso de medicamentos. Para evitar a reincidência do problema, é muito importante a higiene do local e das roupas que a criança usa”, explica Fabíola Peixoto La Torre.

Picadas de insetos e suas doenças
O verão é uma época em que o Aedes aegypti, o pernilongo, o mosquito e os borrachudos tendem a circular com maior intensidade, devido ao tempo quente e úmido. Para evitar que estes insetos piquem seu bebê, especialmente o Aedes aegypti, que pode transmitir a zika, dengue e chikungunya, uma boa opção são os repelentes na tomada, os inseticidas em spray e os mosquiteiros.

Ao utilizar a tomada repelente no quarto da grávida ou do bebê certifique-se de que o ambiente esteja bem ventilado e procure não colocá-la muito perto do berço. “Lembrando que ocorrerá um ressecamento das vias aéreas, que pode ser minimizado com uma bacia de água no quarto”, destaca Fabíola Peixoto La Torre.

Quanto aos inseticidas, prefira as versões à base de água. “Outros solventes podem ser tóxicos tanto para as crianças quanto para os bebês das grávidas. O ideal é não colocar imediatamente antes de ir dormir, mas sim espirrar o produto no quarto uma ou duas horas antes de você ou o pequeno se deitar. E se o seu filho tiver menos de 2 anos, não use esse tipo de repelente”, observa Fabíola Peixoto La Torre.

Fonte: Bebe Mamãe

Deixe um comentário