O QUE É
Conhecido popularmente como pedra no trato-urinário, o cálculo urinário atinge principalmente adultos dos 30 aos 40 anos.
Cerca de 12% da população receberá esse diagnóstico, com uma incidência maior no sexo masculino, com 2 homens para cada mulher afetada.
As pedras são formadas por cristais – minerais e sais ácidos solidificados – que se unem e formam os cálculos. Quase 80% dessas peças contêm cálcio, mas também existem as compostas por ácido úrico.
DIAGNÓSTICO
A confirmação da doença é feita por meio de avaliação de histórico clínico e exames de imagem que detectam a presença dos cálculos no trato-urinário. Dentre estes exames, o mais indicado é a tomografia computadorizada do abdômen, que é capaz de encontrar a maior parte dos cálculos nesta região.
Outros procedimentos também eficazes são o ultrassom e o raio-X.
FATORES DE RISCO
A formação de cálculos pode estar relacionada a:
• Predisposição genética
• Fatores ambientais, como o clima quente que provoca uma maior desidratação
• Obesidade
• Dieta rica em proteínas, incluindo carne vermelha, peixe, ovo, leite e derivados
• Dieta rica em sódio. A indicação do consumo de sal é de 1 colher de chá por dia
• Pouca ingestão de líquidos
• Doenças como Hiperparatireodismo, responsável por regular o metabolismo do cálcio, e inflamatórias intestinais como a doença de Crohn, que afeta o revestimento do trato digestivo.
PREVENÇÃO
O primeiro passo é a inclusão de hábitos saudáveis com controle da alimentação e exercícios. Diminuir a ingestão de sal e alimentos ricos em proteína animal, como a carne vermelha, aumentar e manter a frequência das atividades físicas e, principalmente, a ingestão de água e sucos naturais, mais especificamente os cítricos.
Alguns pacientes não conseguem controlar apenas com a mudança no estilo de vida e precisam de medicação para alterar a composição da urina.
SINTOMAS
O sinal mais comum dos cálculos urinários é uma forte dor em um dos lados da região lombar. Semelhante a cólicas, a dor costuma ter um início repentino e vai se espalhando para o abdômen anterior.
O excesso de dor causa grande desconforto, náuseas e vômitos. Caso eles ainda estejam nos rins, ou seja, não desceram para a bexiga, a dor é menor, mas requer tratamento.
Outros sintomas como a bexiga cheia e sangramento na urina podem ser relacionados com esse diagnóstico.
TRATAMENTO
Inicialmente é feito o controle da dor, já que muitos pacientes recebem o diagnóstico após apresentar os sintomas de fortes dores na região lombar.
Também são adotados manejos que incitam a eliminação espontânea do cálculo. Em alguns casos pode ser necessária a realização de procedimento cirúrgico, escolhido de acordo com a posição e tamanho do cálculo a ser retirado. Entre eles estão:
• Litotripsia extracorpórea por ondas de choque, considerado um método não-invasivo. O paciente recebe ondas de choque sob a pele que dissolvem as pedras e facilitam a expulsão dos cristais.
• Cirurgia percutânea, com pequenas perfurações na região lombar que quebram e retiram os fragmentos.
• Ureterolitotripsia endoscópica, sem intervenção cirúrgica esse procedimento é feito através do canal da urina com a inserção de um aparelho endoscópico que visualiza internamente o local das pedras e faz a remoção.
• Cirurgia convencional, com a retirada dos cálculos através de uma incisão na parede abdominal.